Dom Saure com crismandos em Nampula Dom Saure com crismandos em Nampula 

Dom Inácio Saure desafia crismandos à conversão autêntica

No último sábado (22/11), mais de 300 fiéis receberam o Sacramento do Crisma na Paróquia da Santa Cruz, na Arquidiocese de Nampula, norte de Moçambique. Na homilia, Dom Inácio Saure apelou à conversão verdadeira, ao compromisso com a fé e à rejeição da imoralidade.

Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique

A Paróquia da Santa Cruz, na Arquidiocese de Nampula, acolheu no último sábado, 22 de Novembro, a administração do Sacramento do Crisma a mais de 300 fiéis, entre adolescentes, jovens e adultos. O Arcebispo de Nampula, Dom Inácio Saure, na homilia apelou à conversão autêntica e à vivência coerente da fé cristã.

A formação cristã não termina com o Crisma

Na sua reflexão, o Arcebispo sublinhou que muitos cristãos conhecem pouco sobre Deus e que a formação cristã não termina com o Crisma: “Mesmo aquilo que sabe o Padre ou o Bispo sobre Deus ainda é pouco. É preciso testemunhar esta presença de Jesus na nossa vida.”

Dom Inácio alertou para comportamentos que considera contrários ao Evangelho, como por exemplo, a vida moral incoerente, a participação em grupos desaconselháveis e em decisões que afastam os fiéis da comunidade.

Ouça aqui a reportagem

 

Dom Saure fazendo homillia em Nampula
Dom Saure fazendo homillia em Nampula

Espalhem o “perfume agradável de Cristo” no mundo

Falando de forma direta, o bispo comparou certos comportamentos ao “acidente”, termo popular usado para justificar faltas graves: “Dizem que foi acidente, mas não foi acidente nada. É imoralidade, é pecado.”

O prelado insistiu que o Crisma deve tornar os fiéis “criaturas novas”, capazes de espalhar o “perfume agradável de Cristo” no mundo: “Infelizmente, quando passa um que foi crismado ontem, às vezes sente-se o cheiro sujo do pecado. Por quê? Porque o sacramento não levou à conversão.”

Dom Inácio desafiou os jovens a rejeitarem o abandono da Igreja, a falta de oração e a ausência na vida comunitária, alertando que “católico ignorante é um futuro protestante”, como se diz no Brasil.

Dom Inácio com os crismandos em Nampula
Dom Inácio com os crismandos em Nampula

A conversão é um processo contínuo

O prelado frisou ainda que a conversão é um processo contínuo: “Quem deixa de aprender, de rezar, de servir, torna-se um cristão perigoso, um pagão perigoso.”

Os recém-crismados agradeceram aos catequistas, familiares e toda a comunidade que os acompanhou no percurso de preparação. Manifestaram ainda o desejo de continuar firmes na fé e de anunciar a Palavra de Deus após o sacramento.

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25 novembro 2025, 12:27