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Culto ecuménico pelo Tempo da Criação, inspirado na encíclica Laudato Si - Nampula (Moçambique) Culto ecuménico pelo Tempo da Criação, inspirado na encíclica Laudato Si - Nampula (Moçambique)  (©Cremildo Alexandre, Rádio Encontro (Nampula, Moçambique))

Moçambique. Laudato Si inspira encontro ecuménico sobre paz e meio ambiente

O culto ecuménico pelo Tempo da Criação reuniu em Nampula mais de cem cristãos de várias confissões. Foi um momento de oração, cânticos e apelos ao cuidado da criação, inspirado na Encíclica Laudato Si, e marcado também por pedidos de paz para Moçambique.

Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique

Nampula (norte de Moçambique) acolheu, neste fim-de-semana, um culto ecuménico pelo Tempo da Criação, que juntou mais de cem fiéis de várias confissões cristãs, incluindo a Igreja Católica, a Igreja Evangélica de Cristo em Moçambique, Exército de Deus, Igreja Evangélica Completa e outras denominações. O encontro teve como objectivo chamar a atenção para a necessidade de cuidar da natureza como parte essencial da missão de fé.

Segundo Rafael Pedro, representante do movimento Laudato Si, este encontro é “um momento de oração e compromisso pela criação, lembrando que todos nós, como parte dela, temos a responsabilidade de zelar pela obra de Deus”. Para além da oração e da proclamação da Palavra, cada confissão presente partilhou cânticos inspirados no tema da paz e do cuidado com o meio ambiente.

Movimento Laudato  entoa hinos pelo cuidado da criação
Movimento Laudato entoa hinos pelo cuidado da criação   (©Cremildo Alexandre, Rádio Encontro (Nampula, Moçambique))

O pastor Castelo Manuel Bitão, da Igreja Evangélica de Cristo em Moçambique, sublinhou que “a criação foi confiada ao ser humano para ser cuidada e respeitada, mas infelizmente continua a ser devastada”. Já Arthur Armando, delegado do Conselho Cristão de Moçambique, reforçou que a paz deve ser entendida não apenas como ausência de conflito entre os homens, mas também como harmonia com a natureza.

O encontro destacou ainda os impactos negativos da acção humana sobre o planeta, desde queimadas até à poluição industrial, que fragilizam a vida e a dignidade humana. Os líderes religiosos apelaram para que cada cidadão, a partir do seu espaço de vida, assuma o compromisso de proteger o meio ambiente como parte de um ciclo de vida saudável e sustentável.

No final, não faltaram apelos pela paz em Cabo Delgado. Os representantes das igrejas lamentaram a continuidade do conflito e das mortes, pedindo diálogo, reconciliação e soluções duradouras que devolvam esperança às famílias afectadas. Sublinhou-se que a paz desejada deve ser integral: entre os homens, com Deus e com a natureza.

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22 setembro 2025, 10:30