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2025.11.19 Missa com Zuppi em Assis 2025.11.19 Missa com Zuppi em Assis 

De Assis, a CEI faz um apelo: proíbam as ogivas nucleares, trabalhem pela paz

Na pequena cidade da Úmbria, que acolhe o Papa Leão nesta quinta-feira, 20 de novembro, o cardeal Zuppi falou em nome da 81ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana, pedindo que, diante de tantos conflitos no mundo, trabalhem para evitar uma assustadora catástrofe

Benedetta Capelli – Assisi

Na casa de Francisco, que preferiu a Palavra de Deus à espada, que se fez pregador e artesão da paz, o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), lança um forte e sincero apelo, assinado pelos bispos, na conclusão do terceiro dia dos trabalhos da 81ª Assembleia Geral da CEI. O apelo ocorre durante a celebração das Vésperas e da oração pela paz, nessa quarta-feira, 19 de novembro, na Basílica inferior de São Francisco de Assis. 

Um apelo de paz, um chamado para olhar o que acontece em diversas parte do mundo. Um convite aos líderes mundiais para agir pondo fim às guerras. 

Com voz comovida, em nome do Príncipe da Paz, suplicamos para os que governam os povos, que, colocando as armas de lado, a começar pelas ogivas nucleares, empreguem todos os seus esforços a serviço da paz e os meios à sua disposição para combater a fome no mundo. 

Evitemos os lutos e as tragédias 

Em uma Basílica lotada, o purpurado falou pela Igreja: “Desejamos que, à humanidade, sejam evitados novos lutos e tragédias e que seja evitada a assustadora hipótese de uma catástrofe pelas consequências incalculáveis”. É necessária, portanto, “uma conversão verdadeira, uma mudança profunda de mentalidade, que parta da convicção de que Deus deu a todos, não somente a alguns, as riquezas da terra”. É preciso, como fazia o pobrezinho de Assis, “ver homens e coisas com os olhos de Deus”. 

Pouco antes, durante a celebração das Vésperas, o presidente da CEI havia evidenciado que, para ter a paz, “precisa combater a lógica da força com as armas do amor. Com a forças e as armas do amor. O amor é forte, não é fraqueza. E são as únicas armas capazes de derrotar o demônio e os demônios que tomam conta do mundo e dos corações das pessoas”. 

Papa Leão 

As palavras do cardeal prepararam o caminho para a chegada, nesta quinta-feira, 20 de novembro, do Papa Leão, aguardado pelos bispos para concluir a assembleia. Antes do encontro com a Igreja italiana, o Pontífice, por volta das 8h45, prestou homenagem no túmulo de São Francisco. Depois, ele seguiu para a Basílica de Santa Maria dos Anjos. Após um momento de oração, Leão XIV encerrará o encontro de três dias, que teve como foco as diretrizes pastorais para os próximos anos. 

Assis esperou o Papa, a quase um mês para o Natal, assumindo o perfil de um presépio vivo, com pequenas lojas e ruas de pedra, que recordam muito Belém, cidade a qual os franciscanos são ligados, por meio do cuidado compartilhado com a Basílica da Natividade. 

Ruas pequenas que já foram percorridas por santos como Francisco e Chiara, que marcaram o caminho da Igreja. Duas grandes figuras que fazem desta pequena cidade da Úmbria, um lugar importante e simbólico para toda a cristandade, sendo visitado todos os anos por milhões de peregrinos. 

Este ano, celebram-se os 800 anos da composição do Cântico das Criaturas, enquanto em 2026 serão recordados os 800 anos da morte do Pobrezinho de Assis. Um momento importante será a exposição de seus restos mortais, de 22 de fevereiro a 22 de março de 2026, na Igreja inferior da Basílica. Já chegaram mais de 150.000 reservas para este evento.

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20 novembro 2025, 07:51