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COP30 - Simpósio da Igreja Católica COP30 - Simpósio da Igreja Católica  

Declaração dos membros da Igreja Católica reunidos na COP30, em Belém

Padre Dário Bossi: “presença dos pastores da Igreja nesses espaço é um incentivo muito forte à organização popular e ao diálogo com os movimentos sociais em defesa da vida, como destaca a Declaração.

Silvonei José – Belém

Depois da grande visibilidade e incidência do Chamado das Igrejas do Sul Global por Justiça Climática e Cuidado da Criação, os cardeais e bispos presentes na COP30 se posicionam mais uma vez, junto a muitos outros membros da Igreja Católica na COP, publicando nesta sexta-feira, 21 de novembro. A Declaração foi assinada, em apenas três dias, por 5 cardeais, 23 bispos, mais de 80 organizações católicas de mais de 30 países presentes na COP e mais de 300 organizações católicas de mais de 40 países, em solidariedade.

Segundo padre Dário Bossi, missionário comboniano italiano que há mais de vinte anos atua no Brasil, esse posicionamento está carregado da intensidade de quem partilhou a COP não só a partir dos ambientes de debate institucional, mas também e sobretudo junto aos povos, na Cúpula dos Povos, na Marcha Global, no Tapiri Interreligioso.

A presença dos pastores da Igreja nesses espaço, afirma ainda o padre comboniano, é um incentivo muito forte à organização popular e ao diálogo com os movimentos sociais em defesa da vida, como destaca a declaração.

A posição da Igreja na COP se consolidou ainda mais graças à forte mensagem vídeo de solidariedade e incentivo enviada pelo Papa Leão aos bispos e cardeais reunidos na COP. Eles a retomam no final de sua declaração, mostrando sintonia entre o compromisso das Igrejas locais e o magistério do Papa, conclui o sacerdote.

Marcha dos Povos
Marcha dos Povos

Eis a íntegra da Declaração dos cardeais, bispos e organizações católicas reunidos na COP30 e na Cúpula dos Povos, em Belém

De 10 a 21 de novembro, lideranças mundiais, negociadores, movimentos populares e outros viajaram para Belém, no Brasil, para a COP30 e a Cúpula dos Povos. Entre eles, há uma diversidade sem precedentes de vozes da nossa Igreja — leigos, religiosas e religiosos, cardeais, bispos, clérigos, movimentos pastorais, organizações juvenis, ONGs e muitos outros — que procuraram amplificar o que o Papa Francisco, em Laudato Si’, chamou de “o grito da terra e o grito dos pobres”. Comovidos com o que vivemos nesta COP, oferecemos esta declaração a todos os católicos e pessoas de boa vontade para que se juntem a nós em um compromisso e em ações renovados para cuidar de nossa casa comum.

Dez anos após o Acordo de Paris e o apelo do Papa Francisco para proteger nossa casa comum, o mundo enfrenta piores condições climáticas e degradação ambiental. A realização da COP30 no Brasil, um país onde a Igreja, os povos indígenas e os movimentos sociais há muito caminham juntos em defesa da vida, fortaleceu ainda mais a esperança sentida por toda a comunidade católica.

Meses antes da COP30, católicos começaram a expressar suas esperanças, preocupações e orações relacionadas a esta importante conferência. Em 12 de junho, as Conferências Episcopais Católicas da Ásia, África, América Latina e Caribe publicaram uma declaração conjunta intitulada Um Apelo à Justiça Climática e à Casa Comum, um forte apelo por ações concretas e corajosas daqueles mais afetados pela crise climática. Da mesma forma, movimentos e organizações católicas dialogaram entre si, compartilhando perspectivas e apoiando-se mutuamente.

Simpósio da Igreja Católica
Simpósio da Igreja Católica

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21 novembro 2025, 15:00