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Refugiados chegam ao Aeroporto de Fiumicino, via corredores humanitários Refugiados chegam ao Aeroporto de Fiumicino, via corredores humanitários  

Fiumicino: 122 refugiados da Líbia, graças a corredores humanitários

Momento realmente festivo, no aeroporto romano de Fiumicino, com a chegada dos refugiados da Líbia, com um voo organizado pela “Agência da ONU para os Refugiados” (ACNUR). Mais de 650 pessoas conseguiram chegar à Itália, em segurança, desde que os corredores humanitários foram estabelecidos em 2023, através de um protocolo entre o Ministério do Interior, Ministério do Exterior e Cooperação Internacional, ACNUR, Arci e a Comunidade de Santo Egídio.

Matteo Frascadore - Cidade do Vaticano

Uma calorosa recepção e um clima festivo ocorreram no Terminal 5 do Aeroporto romano de Fiumicino, para comemorar a chegada de um grupo de refugiados à Itália, entre os quais várias crianças e mães com bebês nos braços ou em berços. Um jovem mostrou a sua família, com uma videochamada, e exibiu, com orgulho, seu crachá com o nome "Viterbo", a cidade italiana, que seria sua nova residência.

Corredor humanitário

 

Um voo de Trípoli, organizado pela ACNUR, composto de 122 refugiados, cuja maioria era crianças. A sua chegada à Itália foi possível graças ao protocolo assinado, em dezembro de 2023, entre o Ministério do Interior, Ministério do Exterior, Cooperação Internacional, ACNUR (Agência da ONU para os Refugiados), ARCI (Associação Italiana para a Cultura e o Recreio) e a Comunidade romana de Santo Egídio. O protocolo, até agora, permitiu a chegada, com segurança, de 659 pessoas. Os refugiados, provenientes do Sudão, Sudão do Sul e Eritreia, foram acolhidos, em diversas regiões italianas, pela Comunidade romana de Santo Egídio (53 pessoas), a ARCI (30) e pelo Sistema de Acolhimento e Integração (39). Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Santo Egídio, disse ao Vatican News: "Precisamos de imigração legal e canais legais, como este, que permite um futuro para muitos jovens, entre os quais, também sudaneses, dos quais conhecemos o sofrimento". Marco Impagliazzo dirige sua atenção às crianças, muitas das quais "precisam de tratamentos e conclui: “Elas serão transferidas para hospitais e encontrarão aqui um futuro seguro; não serão esquecidas, mas acolhidas em famílias e paróquias, que lhes proporcionarão bem-estar e paz".

História de Altom e Esra

 

"Eu vivi em campos de refugiados, desde a guerra em Darfur, em 2003, antes de ser transferido para o inferno da Líbia": eis a história de Altom, um dos que chegaram à Itália por meio do corredor humanitário. Prisão e tortura marcaram sua experiência na Líbia. Depois, os primeiros raios de luz: em 2014, conheceu Esra, sua esposa; juntos, com sua filha, Taleen, nascida em julho passado, chegaram à Itália. Ele disse: "Estamos felizes. Esperamos que este projeto continue e, como sinal de gratidão à Itália, faremos o possível para nos integrarmos o mais rápido possível".

Exemplo italiano em expansão

 

“Trata-se de um pequeno raio de luz, pois o número de refugiados ainda é pequeno. A Arci acredita, fortemente, nesta iniciativa e apoia todos os caminhos legais de entrada": é o que declara Valentina Itri, coordenadora do Escritório Nacional de Imigração da Arci, em entrevista ao Vatican News. Por sua vez, Filippo Ungaro, porta-voz da ACNUR admite: “Isso demonstra que, com vontade política, é possível a chegada de refugiados à Itália, em segurança e sem correr nenhum risco. Esta iniciativa adotada pela Itália funciona”. E Filippo Ungaro conclui: "Através deste sistema, a Itália já acolheu mais de 2.000 refugiados, desde 2017. Considerando a existência de mais de dois milhões de refugiados em todo o mundo, é preciso adotar mais meios legais internacionais. Espero que este exemplo italiano possa ser seguido por muitos outros países".

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13 dezembro 2025, 08:38