Gaza, troca de acusações sobre acordos de trégua entre Israel e Hamas
Vatican News
“O Hamas liberte os reféns até o meio-dia de sábado ou haverá guerra”. Esse foi o ultimato dado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após a ameaça feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que na segunda-feira prometeu “o inferno” se o Hamas parasse de libertar os reféns israelenses. “O Hamas está comprometido com o acordo de cessar-fogo”, reiteraram os líderes do movimento palestino, culpando Israel por quaisquer complicações ou atrasos na implementação dos acordos.
Os novos planos de batalha israelenses
Portanto, a trégua está se tornando cada vez mais frágil. O Comando Sul do exército israelense, de fato, segundo o jornal Time of Israel, está aprovando planos de batalha para a Faixa de Gaza, caso o acordo de cessar-fogo com o Hamas fracasse. O primeiro-ministro israelense já ordenou que a cúpula militar “reúna as forças dentro e ao redor da Faixa”. Desde a noite de terça-feira, 11 de fevereiro, várias brigadas e unidades de forças especiais teriam sido enviadas para reforçar as guarnições militares existentes. Outras divisões estariam sendo preparadas para uma possível mobilização em Gaza, dependendo dos desdobramentos.
Reações ao plano de Trump para Gaza
Enquanto isso, o plano estadunidense de deslocar a população palestina para outros países diante da reconstrução da área a ser transformada no que Trump chamou de “Riviera do Oriente Médio” continua a causar discussão: o rei Abdullah II da Jordânia, recebido na Casa Branca na terça-feira, reiterou seu não ao deslocamento dos palestinos de Gaza: “Essa é a posição árabe unificada”, enfatizou o soberano jordaniano. “Reconstruir sem deslocar os palestinos e enfrentar a terrível situação humanitária deve ser a prioridade para todos”, frisou. O Egito, por sua vez, divulgou em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores que apresentaria uma “visão” para a reconstrução da Faixa que não envolveria o deslocamento forçado dos palestinos e que garantiria a preservação de suas terras.
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