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Ônibus alvejado em um cruzamento no norte de Jerusalém Ônibus alvejado em um cruzamento no norte de Jerusalém  (ANSA)

Jerusalém: ataque a ônibus deixa seis pessoas mortas

Já são seis mortos e 12 feridos no ataque em uma parada de ônibus no norte de Jerusalém. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou o local poucas horas após a ação. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

Ricardo Balsani - Vatican News

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Pelo menos seis pessoas morreram na manhã desta segunda-feira (8) em um ataque a uma parada de ônibus em Jerusalém. De acordo com a polícia, dois homens armados atiraram contra pessoas que esperavam na parada, enquanto jornais israelenses reportam que eles também teriam subido e disparado de dentro de um dos ônibus. A parada está em um cruzamento movimentado na entrada norte de Jerusalém, em uma via que leva a assentamentos israelenses na Jerusalém Oriental.

Além das vítimas fatais, equipes de resgate informaram que outras 12 pessoas ficaram feridas, sete delas em estado grave. Imagens divulgadas pela imprensa local mostram dezenas de pessoas correndo de um ponto de ônibus durante o horário de pico. Segundo a polícia um soldado presente no local teria matado os agressores. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até agora.

Um homem judeu ultra-ortodoxo reage ao atentado a uma parada de ônibus
Um homem judeu ultra-ortodoxo reage ao atentado a uma parada de ônibus   (AFP or licensors)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou o local do atentado e elogiou o soldado que enfrentou os terroristas. Ele pertenceria a uma nova unidade formada por jovens ultra-ortodoxos. Netanyahu declarou que Israel “está lutando uma grande guerra contra o terrorismo em todas as frentes”. Devido aos novos compromissos, o primeiro-ministro não comparecerá a uma audiência judicial relacionada ao processo que ele enfrenta por corrupção.

Apesar de não assumir a autoria do ataque, o Hamas endossou a agressão contra civis. “Afirmamos que esta operação é uma resposta natural aos crimes da ocupação e ao genocídio que está sendo praticado contra o nosso povo”, lê-se na nota divulgada pelo grupo.

Escalada de violência em Israel e nos territórios ocupados

Os ataques lançados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 e a consequente guerra em Gaza provocaram um aumento da violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados. O último ataque de militantes palestinos que resultou em mortes havia sido registrado em outubro de 2024, quando dois atiradores abriram fogo contra pessoas em uma avenida e em uma estação de trem de Tel Aviv, deixando sete mortos. Na ocasião, a ala militar do Hamas reivindicou a autoria do atentado.

Paralelamente, colonos israelenses intensificaram os episódios de assédio e violência contra palestinos na Cisjordânia ocupada. Mesmo desconsiderando o número assustador de vítimas da guerra em Gaza e dos ataques do Hamas em 2023, o conflito entre israelenses e palestinos já deixou um número elevado de mortos desde 7 de outubro daquele ano. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, 998 palestinos foram mortos em Israel e na Cisjordânia no período, enquanto do lado israelense foram registradas 52 mortes.

*Com informações de agências

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08 setembro 2025, 11:50