Trégua continua sendo violada em Gaza. Morto um líder do Hamas
Vatican News
O Hamas confirmou a morte, pelo exército israelense, de Raed Saad, que Israel chama de "um dos últimos militantes veteranos de alto escalão na Faixa de Gaza". O grupo islâmico acusou as forças israelenses de violarem mais uma vez a trégua assinada em 10 de outubro. Nas últimas horas, indiscrições circuladas na mídia também atribuíram essa acusação a fontes da Casa Branca, mas o presidente dos EUA, Donald Trump, rapidamente a negou, reiterando suas boas relações com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A situação no terreno
Trump acrescentou que a estabilização na área já está em andamento até certo ponto: "Ela se fortalecerá cada vez mais", esclareceu, "e mais e mais países estão se juntando". Entretanto, o exército israelense continua seu extenso desmantelamento da infraestrutura do Hamas, que nas últimas semanas se concentrou ao longo da Linha Amarela que delimita a área da Faixa de Gaza sob controle israelense na parte leste de Rafah, no sul do enclave palestino. Enquanto isso, a ONU denuncia a emergência climática causada pelo frio na região, que agrava as condições da população, exausta pela falta de ajuda. "Entre quinta e sábado", disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq, "nossos parceiros entregaram 3.800 tendas, quase 4.600 lonas e milhares de itens de cama para aproximadamente 4.800 famílias". Entre as emergências, observou, estão os "casos crescentes de hipotermia em recém-nascidos", que receberam kits especiais para lidar com o frio.
Reações
Nesse contexto, a vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, vê a recusa do grupo islâmico em se desarmar como o verdadeiro obstáculo para uma paz duradoura, anunciando que estão em andamento trabalhos para reformar a Autoridade Nacional Palestina, bem como para organizar ajuda humanitária e reconstrução na região. A Conferência Episcopal Italiana também comentou sobre a crise no Oriente Médio, reiterando seu apoio às vítimas do povo judeu e do povo palestino na tragédia em Gaza, e pedindo uma solução que "permita que ambos, bem como outros grupos presentes nesses territórios, vivam juntos pacificamente".
Israel contra o Tribunal Penal Internacional
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou sua rejeição à decisão do Tribunal Penal Internacional de continuar investigando a condução da guerra contra o Hamas em Gaza e de manter os mandados de prisão contra o primeiro-ministro Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. "A decisão da Câmara de Apelações do TPI, adotada por uma pequena maioria", disseram as autoridades israelenses, "nega a Israel o direito à notificação prévia, conforme exigido pelo princípio da complementaridade, particularmente para um Estado democrático com um judiciário independente e robusto".
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