Busca

Representação de São Loureno, mártir, padroeiro dos diáconos Representação de São Loureno, mártir, padroeiro dos diáconos 

Papa Francisco sobre diaconato: "pioneiros de uma civilização do amor"

O exercício da caridade “é necessário para o diácono, do contrário, torna-se engessado, trancafiado nas sacristias e clericalizado”. No âmbito das celebrações litúrgicas, recordou o autor da obra prefaciada pelo Papa, “o serviço específico do diácono é o de levar os pobres ao altar”.

Cidade do Vaticano

“Os pioneiros da nova civilização do amor.” Retomando uma frase de João Paulo II, assim o Santo Padre define os diáconos, no prefácio do volume “O diaconato no pensamento do Papa Francisco”, de Enzo Petrolino, publicado pela Livraria Editora Vaticana (Lev), apresentado na tarde desta segunda-feira (20/11) na Sala Marconi da Rádio Vaticano.

Áudio na íntegra

Diáconos em saída

“Queremos ser diáconos ‘em saída’, como nos pede o Papa Francisco, do contrário, alimentamos aquele círculo vicioso no qual o diácono trabalha certamente bem dentro da Igreja, mas sem ter nenhuma visibilidade fora dela”, disse o autor do livro, que é também presidente dos diáconos da Itália.

“Esta visibilidade é necessária”, ressaltou Petrolino, para o qual “hoje se corre o risco que a diaconia da caridade seja alheia ao ministério diaconal”. “Muitas vezes os diáconos não são adequadamente formados para este ministério, que teve sua origem por uma exigência imediata: o serviço no refeitório das viúvas.”

Exercício da caridade intrínseco ao ministério diaconal

Ao invés, segundo Petrolino, o exercício da caridade “é necessário para o diácono, do contrário, torna-se engessado, trancafiado nas sacristias e clericalizado”. No âmbito das celebrações litúrgicas, recordou o autor da obra, “o serviço específico do diácono é o de levar os pobres ao altar”.

Em outras palavras, deve-se preencher um déficit de formação:

“Hoje não basta formar os diáconos com as disciplinas teológicas fundamentais, é preciso uma formação ‘ad hoc’ para os diáconos, que até então não existe.”

Criar diaconias em nossas comunidades

Petrolino deteve-se também sobre a vocação política dos diáconos, que “não são chamados à política militante, mas podem ser ativos nos sindicatos”, especificou. Muitas vezes, porém, os diáconos atuam separadamente, enquanto é necessário “um trabalho conjunto” que busque, por exemplo, “criar diaconias em nossas comunidades, como se fazia no passado especialmente em cidades como Roma”, destacou. 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

20 novembro 2017, 08:47