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Ucraniana chora após ter casa destruída por ataque russo em Odessa,. Ucraniana chora após ter casa destruída por ataque russo em Odessa,.  (ANSA)

Núncio em Kiev: “a teoria da paz não deve ser separada da vida”

Na próxima semana, na Conferência de Segurança de Munique, o representante especial de Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, poderá apresentar um plano para “acabar com a guerra” entre a Ucrânia e a Rússia. Entre os elementos previstos do “plano” estão um potencial congelamento do conflito e um status indefinido para os territórios ocupados pela Rússia, ao mesmo tempo em que fornece à Ucrânia garantias de segurança não especificadas.

“A teoria da paz não deve ser separada da vida", afirmou à Agência SIR o núncio apostólico em Kiev, o arcebispo Visvaldas Kulbokas, ao comentar as últimas "notícias" no cenário diplomático internacional, após as declarações do presidente ucraniano Zelensky, que na quarta-feira afirmou ao jornalista inglês Piers Morgan que estava pronto para sentar-se à mesa com Putin e a resposta da Rússia, que, ainda que friamente, acolhia essa disposição.

Ademais, de 14 a 16 de fevereiro será realizada a Conferência de Segurança de Munique, durante a qual o governo do presidente Trump poderá apresentar um plano para pôr fim ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

“Estamos observando os desdobramentos da situação política internacional, mas é difícil fazer previsões”, observa o núncio. “Sobretudo porque as palavras contam o que contam, mas as ações e os fatos também serão fundamentais.”

Explicando como a Igreja está acompanhando esses acontecimentos, o núncio explica que “a Igreja, antes de tudo, busca estar com Deus e com os homens, ou seja, está comprometida em levar esperança. Trata-se daquela esperança divina, que é como o motor interno que coloca a vida acima da morte, o amor acima da competição, e nos torna a todos mais irmãos, unidos contra o mal e contra a guerra. Portanto, a Igreja é – e deve ser – em sua própria existência uma construtora de paz. Não se trata de pacifismo, mas de paz, que se alicerça na vida, na justiça e na fraternidade, e leva em conta a situação, para que a teoria da paz não seja separada da vida, que precisa ser defendida em todos os sentidos, espiritual e material, político e humanitário."

*Com Agência SIR

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06 fevereiro 2025, 14:36