No Sri Lanka, Gallagher visitou local dos atentados de 2019. Hoje, encontro com líder budista
Vatican News
No contexto dos 50 anos de relações diplomáticas entre a Santa Sé e o Sri Lanka, o arcebispo Paul Richard Gallager visita o país asiático de 3 a 9 de novembro, onde cumpre extensa agenda. A quarta-feira, 5, foi um dia marcado por momentos de fé, memória e comunhão.
Acompanhado pelo cardeal Malcolm Ranjith, o arcebispo visitou os locais dos atentados terroristas no Domingo da Páscoa de 2019, que provocaram ao menos 250 mortes e mais de 500 feridos.
Naquele trágico dia, quando os cristãos celebravam a Ressurreição do Senhor, às 8h45 houve explosões simultâneas no Santuário de Santo Antônio, em Colombo, na Igreja de São Sebastião, em Negombo, e nos hotéis Kigsbury, Cinnamon Grand Hotel e Shangri La, todos na capital. Às 9h05, outra explosão na Igreja Zion, em Batticaloa. Às 13h45 nova explosão no New Tropical Inn em Dehiwela, e às 14h15 uma explosão em um complexo residencial no Bairro de Dematagoda, também Colombo, durante uma operação policial, quando morreram três policiais. Às 22h30 foi relatado um ataque a bomba contra uma mesquita e ataques incendiários contra duas lojas de propriedade de muçulmanos, em diferentes partes do país.
Depois da visita aos locais dos atentados, o arcebispo gallagher presidiu a celebração de uma Missa de Ação de Graças na Catedral Santa Lúcia, em Colombo, pelo 50° aniversário das relações diplomáticas entre os dois Estados.
Na visita a líder budista, diálogo fraterno e respeito recíproco
Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o secretário para as Relações com os Estados e as Organizações internacionais visitou o antigo Kelaniya Raja Maha Temple, onde se encontrou com o venerável Kollupitiye Mahinda Sangarakkhitha Thero, chanceler da Universidade de Kelaniya e Monge Chefe, em um espírito de diálogo fraterno e respeito recíproco.
Aproximadamente 75% dos habitantes do Sri Lanka pertencem à maioria cingalesa, predominantemente budista, particularmente da tradição Theravada. O outro maior grupo étnico da ilha é o dos tâmeis, que constituem 18% da população. Os tâmeis são predominantemente hindus e vivem principalmente nas regiões norte e leste do país. Tanto o cingalês quanto o tâmil são línguas oficiais desde o acordo de 1989 entre a Índia e o Sri Lanka. As línguas oficiais são o cingalês, o tâmil e o inglês, que é amplamente falado e compreendido. Todas as três línguas são utilizadas tanto na educação quanto na administração pública. No entanto, o inglês predomina nas relações comerciais.
O budismo Theravada é praticado no país por 70,2%, seguido pelo hinduísmo (12,6%), islamismo (9,4%) (dos quais a maioria fala tâmil, sendo a maioria sunita, representando 7% do total). Os cristão são 7,8% da população, sendo 6,8% católicos e 1% protestantes.
Nos seus inúmeros compromissos oficiais, o secretário para as relações com os Estados já se encontrou com o presidente Anura Kumara Dissanayake, com a primeira-ministra Harini Amarasuriya e o ministro das Relações Exteriores, Vijitha Herath.
A visita ao país asiático também é uma ocasião para reforçar o compromisso comum pela paz e pela cooperação.
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